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 INSTALAÇÕES

PITUBA R1​

Galeria Canizares - UFBA

Salvador da Bahia (Brasil) - 2008

A interatividade é a ordem da instalação, que faz do corpo do visitante suporte para a revelação das imagens. Elas compõem uma série de 10 desenhos e fotografias produzidas pelo Gonzague em Salvador durante viagens que fez rotineiramente na linha Pituba R1. As imagens serão projetadas no piso da galeria e pretende reconstituir entre o público, o ambiente singular de um ônibus coletivo em trajeto pela cidade. 

Ao mesmo tempo em que o corpo do visitante revelará progressivamente a imagem, estará também ligado a um fio de linha. Quando o fio de um deles misturar-se ao fio de outro, os visitantes da instalação serão obrigados a negociar seus movimentos e sua posição no espaço disponível, do mesmo modo que ocorre num ônibus público, onde o espaço é milimetricamente negociado pelos passageiros, baleiros, vendedores de toda sorte de artigos, pregadores ardorosas, sacoleiras, crianças e outros.

      

O método é rigoroso, a escolha é nítida, no entanto, a improvisação, ou ainda, o jogo da sorte ocupa um lugar evidente na obra do artista. Colaborar com a sorte, incluí-la deliberadamente, propor novas maneiras de perceber a realidade é uma tarefa que Gonzague propõe ao público em suas criações e instalações.

 

 

TOUTE PORTE A POUR GARDIEN UN MOT

Espaço Bavna

Salvador de Bahia (Brasil) - 2010

Onde vão parar as palavras que escapam de nossas bocas?

       Como encaramos a palavra falada em um espaço?

                Como podemos localizar materialmente o traço de nossa voz no espaço?

 

A instalação Toute porte a pour gardien un mot (Cada porta tem uma palavra como seu guarda) propõe uma resposta a estas perguntas. Reaviva o interesse de Gonzague pelas câmaras anecóicas.

Aqui, o visitante é convidado a traçar sua voz em um espaço, notadamente em um pequeno e estreito corredor normalmente reservado para o pessoal de serviço da galeria.

 

Ao escrever uma palavra em tinta fresca, com uma cor específica, em um balão, o visitante pode então observar, na superfície tocada pelos balões que agora esvaziaram, os traços de sua voz com os de outras que se distinguem por outra cor.

 

Além de marcar o espaço, a constelação de palavras, agora "liquefeita pela respiração", também se torna objeto de uma cartografia de vozes, do deslocamento de vozes no espaço e assim reaviva, um discurso, uma palavra poética ou religiosa que transcenderia o espaço. 

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